Publicado em: 31 de maio de 2019 | Atualizado: 11 de dezembro de 2020
Vamos então falar sobre Correias em V, sua definição, origem, tensionamento, construção, composição, instalação, principais tipos, vantagens e desvantagens.
Mas afinal, você deve estar se perguntando: O que é uma Correia em “V”?
Correia em “V” é um elemento utilizado há muitos anos e de grande importância no sistema de transmissão de potência.
Agora você saberá para que serve uma correia em “V”: Transmitir força e movimento a partir do contato com as superfícies laterais da correia e polia.
As correias em V são utilizadas somente em transmissões em árvores paralelas, são correias em que a cada volta de operação, os cordonéis estão sujeitos a diferentes cargas trativas como flexão cíclica que é função do diâmetro da polia e uma constante componente da força centrifuga.
Tais forças cíclicas em média não são nulas, sugerindo assim que a falha por fadiga tem grande probabilidade de ser uma falha para correias em V.
Utilizadas por motores que necessitam girar mais de duas polias (às vezes quatro), são construídas com material mais resistente devido o maior esforço e trabalham com rotações entre 1000 e 7000 rpm.
Existe uma variação de tração que ocorre entre os cordonéis causada pela largura da correia em V em consequência do efeito cunha em um dos canais mais estreitos da polia. Em função da má distribuição não uniforme dos cordonéis, os cordonéis laterais estão submetidos a maiores cargas variáveis por cordonel do que os cordonéis internos, portanto o pico de tensão variável ocorre nos cordenéis laterais.
Mesmo assim se você ainda estiver se perguntando o que é uma correia trapezoidal, vamos sugerir que observe a imagem abaixo. Correia trapezoidal é o elemento de transmissão que possui uma similaridade com um trapézio.
Portanto para complementar esse assunto, em nosso outro conteúdo falamos sobre como medir uma correia, como saber o tamanho de uma correia, como especificar ou medir uma correia em V, como medir a correia sincronizadora e como calcular polias e correias.
Portanto, para realizar o tensionamento de uma correia em V nos devemos avaliar os seguintes pontos:
Posteriormente, para avaliar se a tensão está correta numa transmissão com correias em V convencionais, observe a imagem que selecionamos e siga os passos abaixo:
Além disso lembramos que o comprimento do vão, chamado de “t” é igual à distância entre os centros dos eixos das polias.
Os principais componentes das correias em V são:
Curiosidades sobre as correias sincronizadas
É utilizado com frequência o fator de cordonel lateral, similar ao fator de concentração de tensões, para calcular as tensões dos cordonéis laterais em função da tensão media dos cordonéis. Assim a tensão média dos cordonéis pode ser calculável para qualquer seção da correia. A fadiga de correias em V é uma função de tensões cíclicas máximas e mínimas experimentadas pela correia durante o carregamento com média não nula dos cordonéis. A equação de deslizamento é dada por:
onde,
Tte = tração real no cordonel lateral do lado tenso da correia – Tt
Ac = área nominal de cada cordonel
Tfe = tração real no cordonel lateral do lado frouxo da correia – Tf
Tbe = tração no cordonel lateral devida à flexão
Tce = tração no cordonel lateral devida à força centrífuga
As correias eram fabricadas originalmente com cordões de altíssima qualidade de fibra de algodão como cordonéis. Os cordonéis são embutidos em matrizes de borracha comum para reduzir flexibilidade e aumentar o coeficiente de atrito na superfície da correia e também para aumentar a transferência de torque e potência, com o desenvolvimento de correias de maior capacidade e confiabilidade durante e depois da Segunda Guerra Mundial foram desenvolvidos novos materiais para cordonéis com maior resistência e rigidez,a borracha natural então foi substituída pela borracha sintética na fabricação de correias.
Em suma, os cordonéis de alta performance são usualmente feitos de tiras de poliamida ou cordonéis de poliéster para correias planas; cordonéis de poliéster ou cordonéis aramida para correias V cordões de fibra de vidro ou de aço para correias dentadas, e fibras de poliéster, fibra de vidro ou aramida para correias em V convencionais ou de grande capacidade.
Além disso a matriz para todos os tipos de correia é tipicamente a borracha sintética, frequentemente o Neoprene, para aumentar a resistência ao óleo, calor e ozônio.
Por fim o material de revestimento da correia é normalmente de tecido de algodão ou de náilon impregnado com borracha.A grande maioria das correias utilizadas em máquinas industriais são aquelas constituídas de borracha revestida de lona. Essas correias apresentam cordonéis vulcanizados em seu interior para suportarem as forças de tração.sintética
Dimensionamento da transmissão por correia em “V”
Primordialmente a colocação das correias estão vinculadas a uma polia fixa a uma móvel, a polia móvel deve-se recuar aproximando da polia fixa e com esse procedimento não haverá perigo de danificar a correia.
Além disso não se recomenda colocar correias forçando-as contra a lateral da polia ou usar qualquer tipo de ferramenta para forçá-la a entrar nos canais da polia. Pois esses procedimentos podem causar o rompimento das lonas e cordonéis das correias.
Após montar as correias nos respectivos canais das polias e, antes de tensioná-las, deve-se girá-las manualmente para que seus lados frouxos fiquem sempre para cima ou para baixo, pois se estiverem em lados opostos o tensionamento posterior não será uniforme.
O tensionamento de correias é realizado de 2 formas e exige a verificação dos seguintes parâmetros:
Na prática, para verificar se uma correia está corretamente tensionada, bastará empurrá-la com o polegar, de modo tal que ela se flexione aproximadamente entre 10 mm e 20 mm.
7 causas de falha em correia sincronizada e como evitá-la
Reduzem significativamente choques e vibrações devido à sua flexibilidade e ao material que proporciona uma melhor absorção de choques e amortecimento, evitando a sua propagação; Limitam sobrecargas pela ação do deslizamento (podem funcionar como “fusível mecânico”); Funcionamento silencioso, diminuindo o nível de ruído de plantas industriais.
Podemos relacionar abaixo os principais tipos de correias:
Falando sobre a origem e história das correias em “V”, a primeira foi criada em 1917 por John Gates da Gates Rubber Company.
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